Joice Oliveira
São Paulo,
São Paulo, Brasil


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mar de ilusões

Triste infância soube com a perda lidar
Mágica adolescência de descobertas soube apreciar
Ruim juventude tivera que experimentar

Tempos em tempos, histórias...
Fazem parte destas marcas,
Pessoas existentes no começo meio e fim

Vez esta que almejo sozinha meditar
Andar a beira mar
Deixando com que a brisa toque-me

Fecho os olhos e uma lágrima rola
Sinto pés e mãos nesta hora
A sensação de ser livre agora

O mar em sua imensidão
Jamais imaginada
Pontos de luz formam esta mágica visão

Eu sorri um vento forte soprou sobre mim
Inexplicável adrenalina
Ninguém jamais saberá nem eu sei poetizar

Orgulho engana a alma

Vão orgulho que no mundo o amor não é nada
Produz quão vaidade
Pensando ter tal imortalidade
Esquece a realidade de sua verdade
Engano, mentira, pobre alma desvairada!
Em uma vida, uma chama apagada
Sente a solidão beirar seu coração   
Sem condição de sofrer, é aquele...
Que se perdera no caminho sem solução.

Sonho acordada

É difícil explicar o que sinto, pior é minha memória sensível a todos os momentos vividos.
Lembro dos detalhes sentimentos sentidos. Do olhar, do sorriso, do toque.
O sabor do amor que unia nossos corpos.
E eu acordei deste que sonhei era você, não é mais.

Dividida

Sempre que tens uma carta na manga não conseguirás os sonhos mais sonhados realizar
Se não se entregar ainda que seja cegamente aquela pessoa que decidir com ela ficar
A mente por si própria idealiza como poderia ser se com aquela outra pessoa crescer
E mesmo que esteja ciente de qual é a forma certa de amar! A quem vai escolher esquecer?
Não é conto de fadas é a sua vida pela qual um futuro te prepara
Agora não da mais tempo de você parar para comparar
E não pode viver dividida ou enganando ambos destes amores que de um e do outro esconde
O sentimento mais puro e verdadeiro que tens guardado para o certo amor oferecer
Ei! Não se esconda aposte! Quem sou eu para dar-te conselhos terá sozinha que escolher
Não se tenta o amor entender, não se propõe a ele decifrar
Eu, só vou me atrever a uma só dica lhe dar
Um é o amor que feliz te fará aquele que sua vida vai um conto romântico se tornar
Outro é a paixão que arde que te consome e te faz delirar
Segue! Cessaram já minhas palavras não ei mais eu pra ti poetizar
Não serei eu responsável de qual decisão vai tomar
Deixarei para as canções de qualquer sejas seu gosto isso te explicar. 

Natal

Os ponteiros já estão quase marcando meia noite, posso ouvir as queimas de fogos e o cair da chuva no telhado lavando a terra na contagem regressiva de mais um ano que se termina.
Minha vida desatina minha voz oh grito vazio que não quer falar, e na verdade não sabe expressar, o que quer dizer cada lágrima que lava talvez a minha alma.
A maldade em veneno como flecha atinge-me dentro do peito, desfalecendo-me os ossos, e perco a visão daquilo tudo que sonhei um dia.
O que se é importante na vida? Um telefonema de bons votos a uma querida amiga, talvez...
A família reunida para a ceia, eu aqui acendi a candeia, inutilmente me ilumina, artificialmente, esta que me faz mal.
Eu na hipocrisia de um sorriso tenso, cansado, amarelado. Que não adianta porque a santa paz não me distrai. Não me compraz da vida que almejo, não foi a que eu vi pelo caminho, é a que nele despejo.
Entrelaça os nós.
O olhar de uma vida perdida, do sabor amargo do abandono.
Noites sem sono, o medo da solidão trazia ao pulmão quase nada, nem fôlego, nem ao menos uma mão.
Eu que em uma fantasia de um mundo, dentro de um quebra cabeça tão confuso, mas que ao longo me diz tudo!
Que preciso descobrir sobre mim, quem sabe sobre você, sobre ela que me carregou então.
Eu me liberto da carceragem dura, fria e posso encontrar um adocicado toque de amor, perdão e brandura em minhas mãos.
 Olhos e palavras, que mesmo não conhecendo tons tão corretos, diz a mim mesma a verdade, porque estas palavras mesmo estando contrarias, embaraçadas, repetitivas, podem pronunciar de uma forma de muitas formas, o abismo, o centro, o desalento, também o riso, e o princípio de uma alma.

Desejo

Esperava o amor com teor envolver-me
Em poder prender-me
Amar-me loucamente
Que teu olhar queime
Que tua boca treme
Chame-me, tua pele se arrepie
Nesta paixão se entregue
Aperte-me
Pegue-me
Arranque-me suspiros.
Teu corpo no meu, tua alma, minha alma.
Este amor em chamas arde e consome
E responde a você que tanto procurei
Este amor louco que sonhei encontrei. 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Quê?

Que passagem esta é vida
Que forte ou fraco sobrepões
Que sorte ou má sorte prefere escolher quem tens
Que saúde ou doentes quem deves ser
Que triste ou feliz a quem sejas
Que caminho seguir deve escolher
Que tempo este quem há de passar
Que chão pisar, quem?
Que podes ir ou ficar, quem?
Que sabes lá donde vem
Que faças lá pra quem
Que peças lá pra quem tem
Que prece fazer-te a quem?
Que anuncia sua dor de sentir
Que transmite seu olhar triste
Que molhas o rosto de lágrimas
Que as mãos já de calos adormecem
Que esperas e não vens
Que sejas o futuro deles seu, Deus!
Que decidirá há quem a paz vai encontrar! 

Identificando

Por quanto tempo me reduzi...
Por quanto tempo reprimi em mim...
Por quanto tempo fui assim...

Assim, como sou!
O tempo simplesmente tomou-me o tempo
A saudade de tanta que nunca tive nada.

Versos vazios vem num suspiro em meus ouvidos, apenas para mim!
Versos que para ninguém cativa a alma
Estes, que em estas muitas almas não lhe faz charme.

Mas a mente ganha longínquas histórias sem fim
Conto de vida tecida em sonhos mútuos
Pensamentos puros dignos de se tornarem verdadeiros.

E a força vem surgindo, encarando o mundo e seus fundos ímpetos avassaladores,
Como garra, vem incandescente capaz de destruir as trevas daquela vida sem vida.
Enfim, o que eu consegui foi o fim conteúdo feliz?
 
Foi, libertar o prisioneiro medo dos meus conceitos de uma jornada remida,
Curar aquela dor, cicatrizando a ferida,
E mesmo nos meus passos corriqueiros, fez bem sentir o alivio  de respirar o ar.

Ar, este que há nos dias de manhãs quentes, com brisas leves.

Especializar-se

Acorda cedo menina, corre vais atrasar, o destino é longe, o caminho não fácil, não liga pra esta tosse precisa atender cliente. Agüenta só até as seis e acaba o expediente.
Pra voltar, já prepara o corpo para o descanso, e quando chegar corre vai te deitas.
Às três da manhã você vai ouvi-la gritar, ouvi-la reclamar...
Aperta os olhos dorme, dorme! Amanhã o dia se repete.
Você é aquela que sonha que o tempo te justifique através da vida, de sua luta...
Que queres em justiça menina?
Minha liberdade, minha expressão, me ver como marco, que entre um intervalo e outro da vida trilhou certo o caminho e sentiu o efeito surtindo.
Oras, agora pintais sorrisos neles, agora sim é hora de sorrir para ti, ou de ti, que sejas.
Estou indo embora acabo de completar minha carreira aqui. Só espero que de mim não sinta faltas, você que outrora não me querias aqui.
Mas obrigada família majestosa, pois com as pedras que de ti recebi construirei meu fabuloso castelo.
Redigirei minha própria história, o trajeto pelo qual seguireis rumo ao meu Império. 

Brisa

Chão frio, árduo o que não posso reivindicar,
Escondo-me aos escombros.
Não quero mais sentir as feridas,
Quero olhar que nas marcas a experiência ficou.
O céu, o mar, as estrelas, o meu amor, do que são feitas estas maravilhas?
Por que a vida?
Eu poderia me resumir numa brisa, como leve te tocaria.
Onde duvidoso, encontra o encanto, o leito seu descanso.
Ilusão almejada, que desativa os bens, o poder, e vive em querer se dar, enobrecer, encontrar...
Um canto, voz doce.
Dera que assim fosse.

Amarga Passageira

A todo instante a alma chora
O corpo se incomoda
A mente pela paz implora

A mais um dia vazio
Não da pra explicar
Este castigo me impede de respirar

De um sorriso sadio oferecer
De um olhar encontrar
De um futuro bom premeditar

Lembranças dolorosas
Por que me visitas má consciência
Sabes quanto mal me trazes?

Vou a uma viagem
Desta de graças conquistei a passagem
Amarga passageira que os sonhos trazem na bagagem. 

Amor?

Não vejo, não sinto, não tive, não tenho, não vivi, não vivo, não consegui, não consigo, não sei se quero, não sei se preciso, não cogito, não avisto, que não é previsto, que não é pronunciado, nem oferecido, nem de perto, nem de longe, nem hoje e nem ao longo. Não sei de sua forma, nem de seu gosto. É forasteiro viajante, calado ou atirado? Resistível, estimulante, negável ou tocante? Não sei não falo dele, não! De sua existência em mim, aqui. Este que falam as belas de pele sadia, que de suas metades deslumbras, e anunciam este sentimento ao som de líricas canções harmônicas. 

Abismo

Quem é que descansa na trama da vingança
A flor murcha, cai, destrói o amor
Houve sentimento puro, que hoje se pendurou na beira de um abismo, que duro!
Pode salvar-me? Estou a tombar com o risco de profundas cicatrizes carregar
Vejo passando a minha vida como um filme, cinematografando todos os momentos de horror
Não! Para! Chega! Não quero lembrar-me de tanta dor
Se é assim deixe, a pode me deixar cair.
Eu chego a desvairar só de pensar, a lágrima queima a face o coração se reparte
É tarde, vem à saudade... A saudade... Que saudade
A vontade se cala, desce a garganta como pedra, que impede, e se despede.
Ficando num tempo, ou jogado ao vento, indo e vindo aos ouvidos
De quem sabe ouça o que quer entender, aquilo que queria saber dizer.

Abandono

Eu sou uma criança abandonada, que já o amor de seus pais não tem.
Sinto falta daquele colo.
Suas palavras duras me atingem de forma agressiva.
O que aconteceu com aquele amor?
Onde estão suas mãos "papai e mamãe"
Por que me odeias?
Por que me evitas?
Por que minha presença tanto te ensoberbece?
Não me vêem, mas como filha?
Que lutaste pelo seu nascimento e sustento?
Teu repúdio me enfraquece me faz sentir pequena.
Ai de dor está minha alma
As lágrimas empoçadas num olhar mórbido e intenso em sua profundidade escondem medos e receios.
Triste época! Que não encontro onde está o meu desabafo.